Tuesday, July 31, 2007

às vítimas

Sinto o cheiro ácido e podre que você exala...
Posso ver o jeito sóbrio com o qual você se traja.
Sinto o gosto amargo do seu wisk... é insosso o seu cigarro!
Escuto ao longe sua voz rouca pedir atenção!
Mas não...
Sua pele é fria e pálida!
Mas continue fingindo que nada aconteceu... o problema nem é seu!
Continue fingindo...
Não há fuga que apague a culpa que irá rondar sua cama quando o sono vier te embalar!







Não há como fechar os olhos e continuar a vida fingindo que nada aconteceu! É injusto fazer com que muitas outras pessoas paguem o preço pelo descaso alheio...

Saturday, July 28, 2007

a janela da frente


Sentada perto da janela tenho visto a vida passar!

Lá de fora ela parece ser muito mais bonita do que aqui de dentro... aqui meus sonhos são em preto e branco... meus amigos são bonecos de pano e minhas paixões estão presas num coração de papel!

Aqui, sinto um vazio que me dói na alma... sinto a tristeza confundir a calma e vou dormir sabendo que amanhã será igual!

Lá fora, as cores brilham e se movem livres, posso sentir os sonhos mais felizes e as paixões são bolas de sabão!

Perto da janela, eu vejo tudo o que eu queria... sou do jeito que eu seria se minha vida estivesse aqui dentro olhando a vista ao lado meu!

Monday, July 23, 2007

Quinto fim


A cada dia que passa, sinto perder o rumo que tudo tomou! A vala que se abriu pro rio, cada vez mais funda... profunda! Há mais água correndo por lá... Não há mais cores nas bordas, a água levou... não há quem as traga de volta! A pedra que me acolheu sólida, é o desconforto único! É o que sobrou de tudo... As noites não terminam... o sol não voltou a brilhar! Não há estrelas no céu... nem mesmo resquícios da linha lunar. É frio... faz frio! Angústia... me traz a ansiedade e só o que posso fazer é esperar! E assim o faço! Depois que tudo isso passar, depois que o rio secar, verei o sol brilhar de novo, terei as cores que me tiraram e só haverá a certeza de que todo o sofrimento é válido para fazer enxergar que a vida vale a pena!

Saturday, July 07, 2007


A luz que aquece
Nem sempre é a mesma luz que me desperta
A dor na carne
Não é a mesma dor que no peito aperta
E a saudade ainda sim castiga
A solidão ainda me tortura
Prazer de que? Se tudo causou fadiga
E o caminho não me levou à cura
Eu sim amei, e ainda tenho amado
Mesmo sabendo que não há você ao lado
A luz que aquece se derreteu no vento
A dor na carne é o que tenho no momento.