Monday, January 22, 2007

Vida de inseto

Dentro de um vidrinho.
Cercado por paredes extensas... todos os lados são iguais. Mas as imagens não são as mesmas.
De um lado ao outro corria num desespero indescritível. Como se toda a vida passasse diante de seus olhos e mesmo assim tudo aquilo fosse pouco. E mesmo assim não havia a satisfação... lamentável! E era só o que se podia entre as uniformes paredes: lamentar.
E desejava ter feito coisas incríveis
E desejava amar de verdade
Ostentava sonhos altíssimos... mas não custava nada sonhar.
E sentia o ar se exaurindo
E perdia a noção e o lugar
Fechava os olhos tão lento... e abria os olhos numa esperança triste... e fechava os olhos... de certo não abriria mais.
E ainda sim, desejava pela última vez, ter a chance de viver e mudar tudo o que fez.

Friday, January 19, 2007

Lua em cena


Estranho... mas estavam alí...
Cheias e brilhantes ocupavam o mesmo céu!
Três luas lindas caminhavam em direções opostas... como quem dança para encantar o público!
E encantava... e era mágico!
Tinha certeza de que eram reais.... tinha certeza de que era uma cena única! Que amanhã já não estariam mais alí. Era a perferição da natureza triplicada por motivo que a gente desconhecia. Quem correu para se esconder, nunca mais verá o brilho intenso daquele céu negro daquela noite fresca de outono! Quem veio admirar levará pela vida toda a certeza de que nada será mais lindo. Eram as três luas eternizadas para sempre na mente de quem observava mesmo cético o balé das esferas brilhantes e o clarear do fundo preto da noite.
E quem observava aquele mesmo palco imóvel, só conseguiam se perguntar se quando a noite virasse dia, o mesmo aconteceria!

Monday, January 08, 2007

Back to the real world

... e assim começa tudo outra vez!
A estranha sensação de estar fazendo tudo errado... de apenas se prender ao que não seria certo volta a bater forte na cabeça. E querer voltar atrás é apenas um desejo não correspondido!
Pálido... tudo que consigo ver da minha janela é pálido e incostante... a chuva não veio lavar a alma. Ela veio machucar a pele e trazer dúvidas.
A vontade de se atirar ao vento se torna grande...
Agora a chuva pára aos poucos... agora as cores voltam a encher os olhos! E mesmo assim ainda dói!
Dói saber que mesmo com o tempo agradável... mesmo com as coisas no lugar, tudo vai voltar a ser o que era antes... e tudo começará a ser pálido... e a chuva virá machucar minha pele e voltarei mais uma vez ao mundo real em que estive desde a primeira vez!




Existem mundos de contos de fadas... existem cores mágicas e bolhas de sabão... lá é o lugar da felicidade!! Com certeza vou me mudar pra lá esse ano... nem que eu vá a força! E leve algumas pessoas comigo!
Ser feliz outra vez... como sempre... e sempre!