Paralizada alí por alguns minutos, vi o homem estranho sair rapidamente da minha frente. Como se se assustasse com a minha presença.
Aqueles poucos minutos imóvel me pareceram horas. Não conseguia tirar nada da minha cabeça. Todas aquelas imagens que pareciam fazer parte de um filme de suspense começaram a se juntar com qualquer tragédia que eu montava na minha mente cansada.
Comecei a ver as cortinas se abrirem por completo e subtamente as luzes se apagaram. Pensei em mil coisas que eu podia fazer, mas sempre encontrava um bom argumento para o contrário.
Era desesperador!
Olhei para minha cama com o pensamento de quem queria estar alí por todo aquele tempo. E estava... Tive que conter um grito de desespero naquele momento. Como eu poderia estar alí dormindo e acompanhando aquele homem e suas cotinas por todo esse tempo?
Saí correndo do meu quarto, acendi a luz da sala, fui até a cozinha para tomar um copo d´água. Ainda trêmula caminhei assustada até o banheiro.
Contemplei meu rosto pálido no espelho e comecei a chorar de medo. Mais que rapidamente abri a torneira, enchi minhas mãos com a água gelada e mergulhei meu rosto nela...
Acordei trêmula! Era tudo um sonho afinal.
Respirei fundo, e olhei para a janela... vi aquela mesma luz acesa. Caminhei até lá, fechei-a e fui dormir. Era melhor não querer saber o que significava tudo aquilo mais uma vez...
